Postagens populares

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SÃO MUGIEL DO GUAMÁ, HÁ MAIS DE DUZENTOS ANOS

            Paresse que é um conto de fadas mas não é! É pura verdade! Nas escolas, nas ruas e nos centros administrativos o que se ouve a respeito de São Miguel do Guamá é que só podemos informar a história guamaense a partir de sua emancipação política, em 1857. A Vila de São Miguel da Cachoeira pertencia ao município de Ourém, fundado por Luiz de Moura, um dos primeiros desbravadores do Rio Guamá, e que antes de Frei Miguel de Bulhões subiu o rio até a segunda Cachoeira, local até onde pode navegar.


Rio Guamá, a Cachoeira submersa
             Lá o comandante da expedição Imperial fundou Ourém. Sua ambição por riquezas pode ter dado o nome ao lugar. Em segunda viagem, já sobre Missão Religiosa Frei Miguel de Bulhões, saindo do Colégio Do Carmo em Belém, Navega o rio até a primeira Cachoeira. Era uma visita de rotina, já que o caminho  estava desbravado e era preciso catequizar os ribeirinhos da região.
            Isso aconteceu por volta de 1785 aproximadamente. Então daí já se vão aproximadamente 225 anos. Agora, o que dizer durante todo esse tempo é uma carrada de acontecimentos jogado fora! Ninguém pôde, ou teve o desfrute de encaminhar informações adequada e verdadeiras, para que pudéssemos, com efeito sincero, falar de nossa terra, tão sofrida, mas que ainda é tão boa de se viver; que digam os povos que, durante a década de oitenta, saíram de suas terras no Nordeste do país para fazer vida aqui na terrinha onde o "Rio que Chove" faz e continua fazer chover mel.

E olha que se retira argila deste terreiro rochoso há dezenas de anos. Assim se diz da Cerâmica Hortência de propriedade do português Coutinho, onde já se fabricava o melhor tijolo e a melhor telha da região.
E continuamos falando do passado! Bem que poderíamos estar mostrando a fazenda Pernambuco, mas o que se vê ao lado é o Rio Guamá, e ao fundo Fósseis da Primeira Cerâmica construída no Guamá. Logo a seguir temos a primeira Igreja construída pelo missionário Miguel. Era o primeiro passo para a criação da Vila. Vila de São Miguel. Ao redor foram surgindo casas e mais casas. A praça que depois de construída recebeu o nome do fundador da Vila, hoje cidade de São Miguel do Guamá. Como exemplo da catequese e evangelização da Igreja Católica está o prédio construído pelos Padres Barnabitas que vieram para cá a partir da década de 30.


            A história portanto se confirma. O povo, apesar de esquecido, fez a sua parte. Augustinho Siqueira, proprietário da Fazenda Pernambuco, que doou 60 braças de terras a Frei Miguel de Bulhões, não imaginava que teria, na verdade dado um grande passo para o surgimento de uma grande cidade, um grande município e um grande e rico povo (apesar dele, o povo, não saber disso).
           O fato é que, de uma forma ou de outra, existimos. Não contaram nada de nossa terra pra nós até agora, mas os nossos netos e sucessores saberão contar a seus filhos o que somos e temos agora. Podem dizer que, através deste pequeno comentário que faço neste espaço, está acima de tudo a mais sincera colocação,de que, somo um povo antigo sim, e com muito orgulho e que nossa história tem mais de duzentos anos travada nos remotos contos da própria história do nosso Pará.





A rua Porfirio Lima, A rua Presidente Vargas e a rua João Alfredo que você vê na sequência de fotos, acima, juntamente com o mercado Velho fazem parte do conjunto de infraestrutura que representa a cidade velha. Onde tudo começou e fez valer Os primeiros passos de uma área urbana daquele que viria ser hoje o maior pólo cerâmico do Estado do Pará

Nenhum comentário:

Postar um comentário