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terça-feira, 16 de novembro de 2010

A LENDA DA MULHER DA TETA GRANDE

          








Contam os mais antigos que, la pra bandas do Menino Deus, localidade afastada da cidade de São Miguel do Guamá, cerca de dez quilômetros, havia uma mulher dos seios desproporcional, que aparecia nas horas de reflexão para atacar os homens que por ali passavam.O fato acontecia sempre com homens.
            Acontece que em épocas passadas, o povo acostumava sair nos finais de semana para fazer suas compras e tomar uns golinhos só pra não perder o vicio. O homem saía da Vila de Nazaré, também conhecida como São João do Furo, para fazer suas compras na cidade. Encontrava um buteco e logo tomava uma dose. ao encontrar com outros amigos fazia a sequência da degustação alcoólica. As compras eram então depositadas em um saco branco, que geralmente armazenava açúcar. Nele se misturavam todos os quesitos necessários de alimentação para passar a semana. O dia se passava e o caboclo esquecia que tinha que voltar pra casa. Nessa época, a mata amazônica era muito fechada, e as estradas que davam acesso a cidade eram muito perigosas também até pelos bichos da selva que habitavam a região, com onças, por exemplo. Acontece que o perigo mesmo era a mulher misteriosa que aparecia, oferecendo seus grandiosos seios para serem, como assim dizendo, chupados!
Quando dava lá por volta de cinco horas da tarde é que o caboclo sentia a necessidade de voltar. Com já estava cheio do álcool, o medo era coisa do passado. Mas mesmo assim, sentia arrepios. Em determinado lugar, próximo a duas árvores gigante, lá aparecia a tal mulher. Cabeça cheia de cabelos, um pouco sobre os seios gigantes e o resto por trás quase caindo ao chão. Uma boca descomunal. Olhos arregalados meio avermelhados fitando seriamente a sua presa. O caboclo nessa hora não sabia o que fazer, se avança ou se recua. Uma das duas atitudes eram quase uma decisão sem sucesso, porque suas pernas haviam lhe deixado. A porção do álcool nas veias, sumiu. Estava ali, um quase moribundo, em pé atônito, apenas respirando, quando se aproxima o bicho mulher com voz estridente dizendo: Maaaama! Maaaama! O caboclo ainda tinha um pingo de voz na garganta e respondia; Naaaão! Não Posso! Então ela respondia; Se não mamar, apanha! O homem com medo de apanhar, encostava a boca no bico do peito da fera! Chupa, chupa danado! Tá chupando? Ele dizia Tô! Então a mulher respondia; Como estás mamando, vai apanhar assim mesmo! E metia o Cipó titica na costa do indivíduo que saia correndo desesperado, largando tudo que havia comprado nos butecos da cidade inclusive a garrafa da cachaça que levava a tiracolo.
          Esse fato aconteceu há muitos anos e quem viu jura que é verdade.
          É mais uma lenda que conta o povo Guamense. Coisa de uma história de mais de 225 anos.

Versão de Antonio Ferreira da Cunha

2 comentários:

  1. Quando eu estudava no Licurgo Peixoto as professoras sempre faziam esses trabalhos de folclore. Essa história é genuinamente Guamaense, assim como a lenda do porco do sesp, a cobra grande que mora de baixo do externato...

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